A Bolsa de Nova Iorque fechou ligeiramente em alta na sexta-feira e a respirar de alÃvio por terminar a semana sem mais incidentes no setor bancário.
Com um mercado cauteloso, o Dow Jones ganhou 0,41%, o Ãndice Nasdaq ganhou 0,31% e o Ãndice mais alargado das 500 maiores empresas, S&P 500, ganhou 0,57%.
Wall Street tinha começado a sessão no vermelho, afetada pela tensão renovada em torno do Deutsche Bank, que surge agora como o novo elo mais fraco no setor bancário.
Mas em Frankfurt, as ações do maior banco alemão em ativos recuperaram no final da sessão, o que melhorou um pouco o ânimo dos investidores. O Deutsche Bank, que chegou a cair quase 15%, acabou o dia a perder 8,53%.
Os receios acabaram por contaminar os tÃtulos de outros grandes bancos europeus como o HSBC, que desvalorizou 1,39%, o Société Générale que perdeu 5,85% e o Commerzbank que registou perdas de 5,75%.
Entre as principais praças europeias, Madrid teve a maior queda, com 2,10%, Frankfurt perdeu 1,76%, Paris, 1,74% e Londres, 1,31%.
Segundo analista Adam Sarhan, da 50 Park Investments, "O mercado está a digerir uma semana muito volátil". Neste contexto, "a ausência de más notÃcias é vista como positiva". O facto de nenhum dos principais bancos ter caÃdo esta semana é, por si só, favorável".
De facto, o Ãndice VIX, que mede a volatilidade do mercado, acabou por baixar 3% depois de ter saltado 11% no inÃcio do dia.
Mas Adam Sarhan diz que "há ainda muitas questões por responder sobre o sistema bancário".
Com mais dúvidas do que certezas, os lÃderes polÃticos vão multiplicando as declarações para serenar os ânimos. Nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden diz que "Os bancos estão em muito boa forma. O que está a acontecer na Europa não é uma consequência direta do que está a acontecer nos Estados Unidos".
Por seu turno, Olaf Scholz, o chanceler alemão, afirmou em dia de cimeira europeia: "Estamos todos em posição de dizer que o sistema bancário e financeiro europeu é robusto e estável. E que temos uma capitalização resiliente dos bancos europeus".
Fonte: Redação