As bolsas norte-americanas fecharam o dia em terreno positivo, mas com ganhos pouco expressivos, numa altura em que os investidores tentam antecipar quais os próximos passos da Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos.
As bolsas norte-americanas fecharam no verde, numa sessão que se mostrou morna, com os investidores a analisarem os novos dados económicos e as mais recentes contas trimestrais.
O S&P 500, Ãndice de referência para a região, subiu 0,09% para 4.133,52 pontos, o tecnológico Nasdaq Composite somou 0,11% para 12.072,46 pontos e o industrial Dow Jones valorizou 0,07% para 33.808,96 pontos.
Os investidores tentam antecipar quais os próximos passos da Reserva Federal (Fed) norte-americana, numa altura em que os dados económicos vão dando diferentes sinais. Se ao mesmo tempo há indÃcios de que a maior economia mundial pode estar no inÃcio de uma recessão, dados esta sexta-feira divulgados mostram que a atividade empresarial nos Estados Unidos acelerou para máximos de 11 meses em abril.
Uma recessão no paÃs poderia levar a Fed a travar as subidas das taxas de juro, uma vez que, apesar de a inflação estar ainda longe da meta de 2% definida pela autoridade monetária, abrandou para os 5% em março - o nÃvel mais baixo em quase dois anos. Contudo, recentes comentários de governadores da Fed dividem-se entre a necessidade de mais subidas - como é o caso da governadora da Fed de Cleveland, Loretta Mester - e a tese de que o ciclo de subidas está perto, como referiu o presidente da Fed de Philadelphia, Patrick Harker.
"Se as condições económicas se mantiverem, a Fed pode ser encorajada a endurecer a polÃtica monetária além das expectativas do mercado - um contratempo no mercado acionista do nosso ponto de vista. Se as condições económicas se deteriorarem, acreditamos que a Fed irá aliviar a polÃtica monetária", afirmou Mike Gibbs, da Raymond James, à Bloomberg, acrescentando que a "volatilidade económica deverá corresponder a volatilidade do mercado".
Em termos de contas trimestrais, esta sexta-feira foi a vez da Procter & Gamble (P&G), dona de marcas como o Tide, a Gillette ou Pantene. A norte-americana viu as vendas atingirem os 20,1 mil milhões de dólares, acima dos 19,3 mil milhões esperados pelos analistas.
Na próxima semana é a vez de gigantes como a Coca-Cola na segunda-feira, a Microsoft e a Alphabet na terça-feira, bem como a Meta no dia seguinte.
Fonte: Redação