As vendas de carros, picapes, utilitários esportivos, vans comerciais, caminhões e ônibus novos no Brasil alcançaram 189,5 mil unidades em junho, representando um aumento de 7,4% em relação a maio, segundo dados divulgados pela associação de montadoras, Anfavea, nesta sexta-feira. Na comparação anual, houve um aumento de 6,4%.
No mês passado, o governo federal lançou um programa de incentivo ao setor automotivo, oferecendo descontos para a compra de veÃculos novos.
O programa teve um impacto positivo, de acordo com o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, que afirmou que a última semana de junho registrou o terceiro maior número de emplacamentos em um único dia na história do setor, além de ser a melhor semana dos últimos dez anos, com 27 mil unidades vendidas.
No entanto, a produção de veÃculos teve uma queda de 17% em relação a maio, totalizando 189,2 mil unidades. Na comparação anual, a retração foi de 7,1%.
A queda na produção foi atribuÃda aos estoques elevados no final de maio, de acordo com o presidente da entidade.
No acumulado do primeiro semestre, as vendas tiveram um aumento de 8,8%, totalizando 998,6 mil veÃculos, e a produção registrou um acréscimo de 3,7%, com 1,1 milhão de unidades.
A média diária de vendas na última semana de junho foi de 16,2 mil unidades, em comparação com 6,8 mil unidades de 1º a 25 de junho e 8,1 mil unidades durante todo o perÃodo de janeiro a maio deste ano.
Leite ressaltou que os números de junho não refletem todas as vendas, uma vez que há um pequeno intervalo entre o emplacamento e a comercialização dos veÃculos até seu registro.
"No final de junho, foram produzidas e comercializadas mais 70 mil unidades que não estão contabilizadas nos números de junho, mas estarão em julho", afirmou.
"Vale ressaltar que o inÃcio de julho tem sido o melhor inÃcio de mês que vivenciamos nos últimos anos."
Por outro lado, os embarques de veÃculos apresentaram uma queda de 17,4% em relação a maio, sendo que a piora nos mercados do Chile (-28,4%) e da Colômbia (-26,6%), que são importantes para o setor automotivo, foram as principais causas.
"Lamentavelmente, os mercados do Chile e da Colômbia foram afetados pela situação econômica local, o que resultou em uma redução no volume de nossas exportações", disse Leite. Na comparação anual, a queda foi de 22,6%.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que também participou da coletiva, destacou que a reforma tributária, aprovada na Câmara dos Deputados na quinta-feira, irá estimular as exportações.
Fonte: Redação