O SVB viu-se obrigado a realizar um aumento de capital devido à saída de dinheiro dos depósitos. Este sinal foi entendido como preocupante pelos investidores e levou a uma queda do setor bancário em bolsa na Ásia e Europa.
Esta quinta-feira o Silicon Valley Bank (SVB) foi forçado a proceder a um aumento de capital de 2,25 mil milhões de dólares e a vender um portfólio de ativos no valor de 21 mil milhões de dólares, com perdas de 1,8 mil milhões.
De acordo com os analistas tal terá sido necessário devido a uma elevada sangria nos depósitos por parte da indústria de startups e empresas de pequena dimensão, o principal mercado desta instituição. Segundo informação compilada pela Bloomberg, o SVB tem relações comerciais com quase metade das startups apoiadas por "venture capitals" nos Estados Unidos.
O banco espera também uma queda considerável nos rendimentos líquidos através de juros.
Estas informações levaram a uma queda superior a 60% em bolsa, tendo descido mais 20% na negociação no "after-hours". No "premarket" desta sexta-feira regista um decréscimo de 23%.
A reação do mercado acionista a este cenário soou como alerta para os investidores, que reagiram com um "sell-off" generalizado, baseado em preocupações com a solidez da banca nos Estados Unidos.
A sessão asiática também foi influenciada por esta situação, tendo o índice agregador da região, MSCI Asia Pacific, perdido mais de 2%, registando a maior queda desde meados de outubro. O setor bancário da região registou a maior queda em três anos.
Na abertura da sessão no Velho Continente, o setor da banca na Europa chegou a cair 4,88%, a maior queda desde junho, e o índice perdia a meio da manhã 3,75% com todos os títulos a negociar em baixa. O Commerzbank chegou a tombar mais de 9%.
Na bolsa nacional a pressão também se fez sentir, com o BCP tombar 5,93% na abertura, passando depois a recuar 2,97% para 0,2224 euros por ação.
O setor da banca tem registado uma das melhores performance no mercado acionista desde o início do ano, numa altura em que a subida das taxas de juro aumenta a margem financeira e as instituições anunciam dividendos ou programas de recompra de ações como forma de remunerar os acionistas.
Fonte: Redação