Milton Maluhy Filho, compartilhou suas previsões em relação à s provisões para inadimplência, indicando que o maior banco brasileiro espera que elas se mantenham próximas aos nÃveis atuais nos próximos trimestres. Durante uma videoconferência com jornalistas após a divulgação do balanço, Maluhy Filho destacou que se o banco tivesse mantido a mesma carteira de crédito de 2021 até agora, as provisões seriam consideravelmente maiores.
No segundo trimestre, as despesas de provisão para calotes atingiram 9,6 bilhões de reais, um aumento de 6,7% em relação ao trimestre anterior e de 23% em relação ao ano anterior.
O executivo ressaltou que o banco conseguiu estabilizar os indicadores de inadimplência nos últimos trimestres, atribuindo isso à s decisões de polÃtica monetária do Banco Central. Ele também salientou a importância de manter um crescimento constante no longo prazo.
O Itaú Unibanco divulgou um lucro recorrente de 8,74 bilhões de reais no segundo trimestre, um aumento de 13,9% em relação ao mesmo perÃodo do ano anterior. Além disso, revisou suas projeções anuais, ajustando para baixo as expectativas de crescimento na receita de prestação de serviços e resultados de seguros, devido à regulação e à s condições econômicas.
Questionado sobre melhorias nos retornos aos acionistas, o presidente mencionou a possibilidade de aumentar o "pay out" do banco, mas alertou sobre as incertezas devido à futura regulamentação de Basileia para risco operacional.
Assim como seus concorrentes, Santander Brasil e Bradesco, o Itaú Unibanco também antecipa uma retomada nos mercados de capital e fundos no segundo semestre, embora a atividade econômica possa ser afetada pelo nÃvel da taxa Selic.
No contexto do programa de renegociação de dÃvidas incentivado pelo governo federal, chamado "Desenrola", o presidente destacou que o banco já conseguiu desnegativar mais de 630 mil CPFs e renegociar mais de 200 mil contratos. No entanto, a negociação da dÃvida da Americanas permanece em discussão, com detalhes a serem divulgados futuramente.
Maluhy Filho concluiu mencionando que as negociações com a Americanas estão ocorrendo em um ambiente construtivo, respeitando os interesses dos acionistas da varejista e visando uma solução viável. O presidente do Bradesco, por sua vez, espera um possÃvel acordo entre setembro e outubro, coincidindo com a divulgação do balanço auditado da Americanas.
Fonte: Reuters