O Ibovespa recuava nesta sexta-feira, após três altas seguidas, em pregão marcado pelo vencimento de opções sobre ações na bolsa paulista e com agentes financeiros ainda digerindo o pedido de recuperação da Americanas, que terá os papéis excluÃdos dos Ãndices da B3 (BVMF:B3SA3) no final da sessão.
Às 11:34, o Ibovespa caÃa 0,97%, a 111.830,26 pontos, após avançar 3,4% nos três pregões anteriores. Na semana, acumulava alta de quase 1%. O volume financeiro somava 5,3 bilhões de reais.
De acordo com Dan Kawa, diretor de Investimentos da TAG Investimentos, os ativos locais continuam se favorecendo de um fluxo relevante e de um otimismo evidente dos estrangeiros com os paÃses e os ativos emergentes.
De acordo com a B3, até o dia 18, as compras de estrangeiros no mercado secundário de ações brasileiros superavam as vendas em cerca de 6 bilhões de reais em 2023.
"A reabertura da China, com a queda nas taxas de juros dos EUA, em meio a 'valuations' atrativos e uma posição técnica saudável, vem sendo um pano de fundo evidentemente positivo para o Brasil e seus ativos", afirmou Kawa em nota a clientes.
No Brasil, acrescentou, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua com um discurso "amedrontador do ponto de vista econômico, mas sua equipe vem mostrando maior racionalidade e tentando apontar à sociedade que o caminho, em algumas esferas, como a econômica, é manter parte das conquistas do passado".
Uma dessas conquistas, conforme citou Kawa, é a independência do Banco Central, que foi classificada como "bobagem" nessa semana por Lula.
Análise técnica do Itaú BBA destacou que a alta do Ibovespa na véspera voltou a criar esperanças quando o assunto é superar os 113.800 pontos, que é ponto chave para a primeira tendência de alta em 2023. "Se isso ocorrer, os próximos objetivos estão em 118.300 e 121.600 pontos", afirmaram os analistas.
No exterior, Wall Street abriu no azul, após a Netflix (NASDAQ:NFLX) abrir a temporada de balanços do setor com um tom positivo, enquanto preocupações com o risco de uma recessão nos Estados Unidos continuam minando a confiança de investidores.
Fonte: Investing