Recentemente, o mercado financeiro tem ajustado suas recomendações para as ações da Petrobras (PETR3 e PETR4), aumentando os preços-alvo e influenciando positivamente as expectativas de dividendos da empresa.
No ano passado, a Petrobras distribuiu R$ 16,77 por ação, gerando um impressionante rendimento de dividendos de quase 50%, posicionando-a entre as principais pagadoras globais.
Entretanto, recentemente, a estatal anunciou uma modificação em sua polÃtica de dividendos, reduzindo de 60% para 45% a parcela do fluxo de caixa livre direcionada aos proventos.
Essas mudanças eram previstas e muitos analistas já consideravam um menor "dividend yield" para 2024, muito abaixo do observado no ano anterior, com projeções por volta de 10%.
"Embora a Petrobras continue sendo uma das principais distribuidoras de dividendos na Bolsa, não deve manter o ritmo dos últimos anos", antecipa Frederico Nobre, lÃder de análise de investimento da Warren. "A expectativa é que a empresa pague algo em torno de 15% a 20% ao ano", projeta.
Essa previsão coincide com as revisões recentes sobre a companhia, agora apontando para um "dividend yield" de cerca de 20% em 2024, o dobro das estimativas das empresas que não atualizaram suas previsões recentemente.
Instituições como UBS BB, BofA e Morgan Stanley já estimam retornos de dividendos de 20%, 22% e 21% no próximo ano, respectivamente, ressaltando uma perspectiva otimista.
Enquanto isso, casas como Goldman Sachs, Santander e XP, que ainda não revisaram oficialmente suas estimativas, preveem retornos de 8% a 11% com dividendos da Petrobras para o próximo ano.
De forma a refletir essas mudanças nas projeções da petroleira, analistas do BofA caracterizam a Petrobras como um "transatlântico que paga dividendos", evidenciando o sentimento positivo em relação à empresa.
Fonte: Redação