De acordo com os dados do Banco de Portugal (BdP) divulgados nesta quarta-feira, 23 de agosto, o montante investido pelas famÃlias em certificados de dÃvida pública continuou a crescer pelo décimo sexto mês consecutivo. No mês de julho, os certificados de dÃvida pública aumentaram em 389,55 milhões de euros, compensando mais do que suficientemente a diminuição nos certificados do Tesouro.
O total de investimentos em certificados de dÃvida pública alcançou 33.610,09 milhões de euros em julho. Isto demonstra que, mesmo durante os dois meses de comercialização da nova série F (que apresenta um limite de remuneração mais baixo em relação à série anterior), as famÃlias ainda mantiveram interesse nestes produtos.
O constante aumento nos investimentos em certificados de dÃvida pública continua a superar a tendência de queda nos certificados do Tesouro, que mantém um declÃnio há 21 meses consecutivos. Em julho, os certificados do Tesouro registraram mais uma redução, totalizando um decréscimo de 216,86 milhões de euros, resultando em um total de 12.079,72 milhões de euros.
O montante total dos investimentos em conjunto, tanto nos certificados de dÃvida pública quanto nos certificados do Tesouro, atingiu aproximadamente 45.689,81 milhões de euros em julho, refletindo um aumento de cerca de 172,69 milhões de euros.
Apesar do interesse contÃnuo das famÃlias nos produtos de poupança do Estado, houve uma desaceleração nos meses de junho e julho em comparação com meses anteriores. A corrida aos certificados de dÃvida pública começou no final do ano passado, devido ao aumento nas taxas de remuneração (vinculadas à Euribor a três meses).
Após o influxo de capital ter superado em grande parte as expectativas do governo, no inÃcio de junho o governo encerrou a série E dos certificados de dÃvida pública, lançando a nova série F com remuneração reduzida. Ambas as séries têm juros indexados à Euribor a três meses, mas o teto máximo foi reduzido de 3,5% para 2,5% (com acréscimo de prêmios de permanência). Além disso, um limite máximo de subscrição de 50 mil euros foi estabelecido, em comparação com os anteriores 250 mil euros, o que poderá impactar também na entrada de poupanças.
Fonte: Redação