A Americanas finalmente divulgou os resultados financeiros dos últimos dois anos, após uma série de adiamentos, revelando uma revisão significativa no cenário financeiro. O lucro lÃquido, que inicialmente era de R$ 544 milhões em 2021, foi ajustado para um prejuÃzo de R$ 6,2 bilhões. Além disso, a empresa calculou um resultado negativo de R$ 12,9 bilhões para o ano de 2022.
A companhia atribuiu o prejuÃzo do ano passado a um "fraco desempenho operacional, elevada despesa financeira e relevantes lançamentos extraordinários". A Americanas também afirmou ter sido "vÃtima de uma fraude sofisticada", apesar da gestão anterior, que esteve sob comando da rede de varejo por cerca de duas décadas.
A divulgação desses balanços é crucial para as negociações sobre o plano de recuperação judicial da Americanas, envolvendo principais credores, incluindo bancos como Bradesco, Banco do Brasil, BTG Pactual, Itaú Unibanco e Santander Brasil. A proposta atual do plano prevê uma capitalização de R$ 12 bilhões na empresa pelos chamados "acionistas de referência", que incluem os bilionários Jorge Paulo Lemann, Carlos Sicupira e Marcel Telles.
A empresa, que enfrenta um dos maiores pedidos de recuperação judicial na história do Brasil, também revisou o resultado operacional, medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA). Em 2021, o EBITDA, que era inicialmente positivo em cerca de R$ 2,1 bilhões, foi ajustado para um valor negativo de R$ 3,4 bilhões. Em termos recorrentes, o EBITDA de 2021 passou de R$ 2,3 bilhões positivos para R$ 1,8 bilhão negativo.
Fonte: Redação